quarta-feira, 23 de maio de 2012

A morte

Qual o contraveneno para esse mal
Que na existência chicoteia o pensamento?
Revelar o efêmero e saborear-lhe a ternura?
Gozar o presente leva-me à ilusão
De esquecer o pesadelo da morte
Única certeza no curso da vida?

Como será Hades, o Senhor das Trevas
Que me agradará na eternidade do silêncio?
E essas almas que vagueiam exangues e inconscientes
Invejosas dos vivos? Retornarão à vida?
E morrerão de novo?
Findará quando o Samsara?
Não terei jamais direito à paz eterna?

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